A Laranja Podre do Brasil

julho 30, 2012

CLIQUE AQUI E ASSINE A PETIÇÃO NO SITE DA AVAAZ 

O texto abaixo é de Luiz Nassif e retrata a atual realidade da citricultura brasileira. O problema vem de décadas e nunca houve um posicionamento enérgico por parte do governo, nem mesmo pelo Ministério Público. Agora o problema se alastrou de tal forma que chegamos em uma crise, praticamente irreversível, que irá contabilizar BILHÕES em prejuízos aos produtores. Isso implica em tantas outras sequelas, como por exemplo, a perda das propriedades para bancos – dada a impossibilidade dos produtores saldarem suas dívidas, contraídas para investir nas safras.

Estamos assistindo ao início do ENTERRO da agricultura no país. Se agora isto ocorre com a laranja, em breve ocorrerá com a soja, com o milho, com o trigo, etc, assim como Já ACONTECEU com o leite há muitos anos, que mantêm-se sob o comando das indústrias de laticínio.

 Investir em agricultura no Brasil, por ironia, é o pior negócio que se pode fazer. Em breve, até os tão procurados “alimentos orgânicos” estarão tão contaminados com a sujeira do agro-negócio que se tornará tão tóxico quanto o próprio governo.
(*) NOTA IMPORTANTE: Até a data em que o autor escreveu o texto abaixo- 15.05.2012, publicado no site da “Carta Capital” – a crise ainda não havia explodido. Hoje, as indústrias nem sequer querem diálogo com os produtores, alegando que já possuem o estoque lotado. Há apenas negociantes inescrupulosos, que estão se aproveitando da crise, para oferecer aos produtores nada mais do que R$ 1,00 (um real) por cada caixa de 40 Kg colhida. Detalhe:  um simples copo de suco nos restaurantes de São Paulo, é vendido pelo  preço de R$ 5,00 a R$ 10,00.

Quando a economia começou a se abrir, depositavam-se no CADE (Conselho Administrativo de Direito Econômico) e na Secretaria de Direito Econômico (SDE) as esperanças de atuação objetiva contra a cartelização da economia. Sua desmoralização começou com Gesner de Oliveira, no CADE, e o escandaloso processo de aprovação da compra da Antarctica pela Brahma.

Depois, na gestão Grandino Rosa, no escandaloso episódio da compra da Garoto pela Nestlé. Escandalosa não foi a decisão do CADE – negando a aquisição – mas de Grandino em uma explosão contra o próprio colegiado que presidia.

O terceiro episódio escandaloso são os movimentos do CADE em relação à concentração no setor de suco de laranja – e aí sai-se do governo FHC e entra-se no governo Lula, especificamente na gestão Márcio Thomas Bastos na Justiça.

Não há paralelo, no país, da ação mais predatória que a do cartel da laranja. Mesmo assim, uma denúncia de formação de cartel emperrou no Ministério da Justiça e só agora, muito lentamente, começa a ser retomada.

Ontem, no Seminário “A Internacionalização do Agronegócios”, do projeto Brasilianas, o presidente da Associtrus (Associação Brasileira dos Citricultores), Flávio de Carvalho Pinto Viegas, apresentou um relatório detalhado das práticas predatórias do cartel.

São três grandes empresas controlando o mercado mundial, mais de 50% do mercado da Flórida e associadas às grandes engarrafadoras de sucos.

Hoje em dia já produzem mais de 50% de suas necessidades. Pagam os produtos abaixo do seu preço de produção e fazem o lucro no exterior.

Com esse poder de mercado, fazem o que querem com as cotações da Bolsa de Nova York. Na época da compra da safra jogam o preço lá embaixo. Depois, os preços retornam a patamares elevados.

Esse massacre começou em 1993, quando o setor se uniu para tirar do mercado a Frutesp, única usina de cooperados, que impedia o aviltamento dos preços da laranja. Na época, o setor contava com 130 mil citricultores. Hoje em dia, não são mais que 8 mil.

A falta de atenção do Ministério da Justiça permitiu abusos inomináveis para com produtores brasileiros.

Para manter a cartelização, as empresas  dominaram os terminais e navios graneleiros na Europa, Ásia e Estados Unidos. Montaram estratégicas de exclusão dos novos entrantes, através de dumping e cooptação de fornecedores.

Dominando o mercado, passaram a recorrer a todo arsenal dos cartéis, com contratos precificados, prazos e formas de pagamentos definidos unilateralmente, ausência de remuneração por qualidade, quebras de contratos.

Nos Estados Unidos, como existe legislação anticartel, os produtores da Flórida recebem US$ 14 dólares por caixa. No Brasil, os fornecedores reivindicavam ao menos US$ 10. A indústria ofereceu R$ 8,00 (* leia nota acima).

Recentemente, a Abecitrus fez um levantamento entre os preços internacionais do suco de laranja e os registros de exportação. A diferença chegava a US$ 775 milhões – indícios claros de subfaturamento.

No momento em que o país rompe com vários dogmas econômicos, não se pode varrer para baixo do tapete o que está ocorrendo com a citricultura.”

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Fotografias Antigas de São Paulo – 10

maio 13, 2012

Décima fotografia da série. V. post 1 para referência do assunto.

Segue abaixo o texto oficial que contempla o mosteiro. A fotografia de 1920 retrata praticamente o que é o mosteiro atualmente, preservado quase que integralmente tanto na construção, como na tradição dos monges, religiosa e artística.

O local  é hoje uma das mais importantes referências culturais da cidade, ocorrendo ali exposições, apresentações de música – lírica, sacra, barroca, etc – e “apresentações” diárias de canto gregoriano (um assunto interessantíssimo para um post exclusivo aqui no blog). Além disso, ali há a loja do mosteiro que vende pães, doces, bolos e outras iguarias, a maioria feitas pelos próprios monges.

O mosteiro tem acesso muito fácil pelo metrô, ficando bem em frente a uma das saídas da estação São Bento. Aliás a visão que se tem ao sair da estação é quase idêntica à da foto, sendo que à esquerda há o viaduto Santa Ifigênia – que já existia na época.

Certamente é um lugar indispensável de se conhecer!

“O Mosteiro de São Bento é um símbolo de grande importância para a cidade de São Paulo. Com mais de 400 anos de História, o Mosteiro sempre teve grande influência na cidade. Vale lembrar a própria localização em que foi construído o cenóbio beneditino. O local era a taba do cacique Tibiriçá. Foi doado pela Câmara de São Paulo em 1600 aos monges. Segundo o documento de doação das terras, pertencente ao arquivo do Mosteiro, o local era “o mais importante e melhor, depois do colégio”. Com o crescimento da Vila ainda no Século XVII, Fernão Dias Paes Leme, o Governador das Esmeraldas, ampliou a igreja e melhorou as dependências do Mosteiro. Anos depois, com a nomeação popular de Amador Bueno – um importante personagem da vila paulistana – como rei de São Paulo, sem este aceitar, recorre aos monges beneditinos, a fim de acalmar a população e fazer com que esta mudasse de ideia. Para que Amador Bueno não perdesse sua vida por não aceitar a ser rei de São Paulo, o Abade do Mosteiro, assim como também a comunidade monástica, acalmaram os ânimos e o povo mudou de ideia. Amador Bueno estava a salvo.
São dependentes do Mosteiro de São Bento de São Paulo, o Mosteiro de São Bento de Sorocaba, fundado em 1667 e o Mosteiro de São Bento de Jundiaí de 1668. Além destes, foram fundados mais dois: Santana do Parnaíba (1643) e Santos (1650).
Óbvio que a construção atual do Mosteiro não é a mesma de séculos anteriores. Já é a quarta construção. A demolição do antigo edifício, muito decadente em fins do Século XIX, começou com a construção do Gimnásio São Bento – hoje Colégio de São Bento – em 1903. Mas foi em entre 1910 e 1912 que o cenário realmente mudou. São Paulo passava por grande processo de urbanização. Sua população aumentava exacerbadamente, ganhando relevância no cenário nacional. O Mosteiro seguiu este ritmo e em 1910 teve início à construção da nova igreja e Mosteiro. A construção em estilo da escola artística de Beuron, projeto de Richard Berndl – Professor da Universidade de Munique e um dos melhores arquitetos da Alemanha . É desta época a decoração interna em estilo Beuronense foi feita pelo beneditino belga Dom Edelberto Gressnigt. A Basílica só foi consagrada em 1922. Nesta época foram instalados os sinos e o relógio, tido como o mais preciso de São Paulo.” (fonte: http://www.mosteiro.org.br).

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Fotografias Antigas de São Paulo – 9

maio 13, 2012

Nona fotografia da série. V. post 1 para referência do assunto.

Printscreen – Libero Badaró

Abaixo a Rua Libero Badaró , vista de quem vai no sentido Praça do Patriarca em 1920. Aqui ao lado, um printscreen que acabei de fazer no Google maps. Tomando como referência o sentido e o prédio que se vê ao lado esquerdo do printscreen, que é a única construção antiga ainda preservada no local, há chances de que esta imagem esteja no mesmo ponto da fotografia de Guilherme Gaensly.

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Fotografias Antigas de São Paulo – 8

maio 11, 2012

Oitava fotografia da série. V. post 1 para referência do assunto – O Teatro Municipal de São Paulo.

Sobre ele, acabei de ler esse texto tão bom do maestro Leandro Carvalho (abaixo da foto), que aliás é mestre em história, que honestamente dispensa acréscimos.

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Fotografias Antigas de São Paulo – 7

maio 11, 2012

Sétima fotografia da série. V. post 1 para referência do assunto.

O Vale do Anhangabaú, com vista para o Palacete Prates. Rasgado pela Avenida 23 de Maio, há ali uma grande concentração de atrações arquitetônicas hoje em dia. O Viaduto do Chá, O Shopping Light (que leva este nome pois foi construído no antigo prédio da Cia de energia elétrica LIGHT), O Teatro Municipal de São Paulo, estão todos nesta região, que fica entre a Luz e o Largo de São Bento – o qual aparecerá em breve aqui.

Um trecho do texto da fotografia chama a atenção: “O automóvel já ameaçava se tornar um problemão na cidade, graças a sua contínua multiplicação”. Isso já naquela época. É possível que até o início da década de 50, São Paulo ainda poderia ter sido salva do inevitável “travamento completo”, que está muito mais próximo de acontecer do que imaginamos. Pensando objetivamente, são 60 anos de lá pra cá, entupindo a cidade desenfreadamente e destruindo chances de possibilitar um transporte de nível para a população – em nome de interesses políticos. Quantos anos será que iremos demorar para ter uma cidade novamente “circulável” a partir do momento em que realmente se começar a trabalhar nesse sentido? Eu apostaria em algo próximo a 100 anos, começando esse trabalho amanhã, com soluções REAIS e efetivas.

E todos nós sabemos que não veremos isso acontecer 😉

Sobre o Palacete Prates, trata-se de uma construção feita por Eduardo da Silva Prates (o Conde Prates), riquíssimo fazendeiro de café que possuía muitas terras na região. Construiu então este prédio e um segundo “irmão gêmeo”, ao lado, onde funcionava o “Automóvel Clube”. No primeiro instalou-se aPrefeitura de São Paulo e posteriormente a Câmara Municipal, quando passou a se chamar Palácio Anchieta. Naquela época o prédio foi vendido ao Banco Mercantil e em 1970, com a Câmara em nova sede, o banco demoliu o prédio histórico. No local dessa obra prima, foi construído o Edifício Conde Prates, onde está até hoje, que é mais uma obra sem graça e descartável que a cidade poderia ter ficado sem (foto acima).

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Fotografias Antigas de São Paulo – 6

maio 9, 2012

Sexta fotografia da série. V. post 1 para referência do assunto.

O “mapa do centro” que aparece neste LINK é muito interessante para visualizar a região das fotografias que estou postando. Infelizmente o link não inclui fotos atuais de cada local para comparação. Estou planejando  um post exclusivo para este fim.

A Praça Antônio Prado era localizada na região onde hoje está o prédio da Bolsa de Mercadorias & Futuros – BM&F, o primeiro edifício comercial de São Paulo. A história mística da região é bem interessante e está no texto da foto.

Hoje, a região da antiga praça faz parte do grande “calçadão” do Centro.

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Fotografias Antigas de São Paulo – 5

maio 8, 2012

Quinta fotografia da série. V. post 1 para referência do assunto.

Praça da República, quando ainda era uma “praça”… É até difícil imaginar um local como esse ali no Centro hoje em dia, já que infelizmente pouca ou nenhuma área verde foi preservada. Sem dúvida que a beleza arquitetônica histórica tem seu valor, mas o Centro seria um local muito mais agradável visualmente se houvesse mais áreas verdes, gramados, árvores, exatamente como se vê nessa imagem. Nossos olhos buscam o verde e ali, no meio de todo aquele concreto, poluição e desse mundo de gente que transita sem prestar atenção na vida, seria uma espécie de oásis.

Hoje o Centro é um local marginalizado, descuidado e as poucas ações que se faz no sentido de recuperar, preservar, revitalizar, são pouco eficazes, perto do que precisa ser feito. Quem trabalha ou já trabalhou lá, assim como eu, convivendo muitas horas por dia com toda essa realidade, sabe do que estou falando.

O texto da foto também é bem interessante, não deixe de ler (assim como das demais).

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Fotografias Antigas de São Paulo – 4

maio 8, 2012

Quarta fotografia da série. V. post 1 para referência do assunto.

Este é o Largo da Sé, visto de onde hoje está a Catedral da Sé – a Catedral Metropolitana de São Paulo, que só começou a ser construída em 1913, ou seja, no ano seguinte ao que foi feita essa foto.

O dia estava movimentado! Carroças, bonde, muitas pessoas transitando… Uma coisa que me chama a atenção em fotos antigas é a elegância com que as pessoas se vestiam para andar nas ruas, seja para onde for – ao menos nos grandes centros. Homens sempre de costume, mulheres de vestido… O charme da época é incontestável.

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De Bom Jesus a Milagres

maio 7, 2012

Vocês sabem o que é uma câmera de grande formato Sinar? Imaginem um Iphone. Agora enfilerem 10 ou 15 Iphones lado a lado e façam mais uma coluna em cima.  Isso é um pedaço de uma sinar 4×5. Junte a isso o fole, a lente, o tripé, o back e temos um equipamento quase tão pesado quanto o meu filho de 3 anos – que aparece nas fotos (só a minha coluna sabe como está difícil carregar o bichinho). E foi com esse brinquedo que Claudio Edinger percorreu o sertão da Bahia, na região que vai de Bom Jesus da Lapa até a cidade de Milagresa, ao longo de sete anos, fotografando para o seu projeto recém lançado “De Bom Jesus a Milagres” – exposição (no MIS – SP) e livro de mesmo nome.  Com esse trabalho, inclusive, ele levou o Prêmio Porto Seguro de Fotografia em 2010.

Cromo de uma das imagens expostas. Foto – Claudio Edinger.

É possível se imaginar a dificuldade de se fotografar nessa região com esse equipamento, embaixo de sol escaldante, poeira, etc, mas é assim que ele trabalha. Esta é uma câmera que há não muito tempo atrás, era a preferência dos fotógrafos publicitários, assim como hoje ocorre com as câmeras de médio formato com back digital, como o Phase One. A maioria das agências de publicidade e clientes exigiam cromos com resolução capaz de reproduzir todas as nuances das imagens para gigantografias – como os “extintos” outdores (na cidade de São Paulo) . Daí a preferência pelas câmeras de médio e grande formato para essa finalidade. Muitas vezes era desnecessário, mas… nesse caso o mercado manda. E nas próprias palavras do Claudio “A 4×5 amplia até onde a vista alcança”.

Quebrando paradigmas e para a nossa felicidade, Claudio continua fotografando com sua Sinar, não comercialmente, mas por puro prazer e seguindo uma linguagem que há muitos anos adotou – e cá entre nós, quem não gostaria de fazer o mesmo?

“De Bom Jesus a Milagres” é de uma riqueza ímpar. Cada uma das 30 fotografias expostas possui alma própria e não pode ser “lida” em pouco tempo. Tudo merece muita atenção: cores, nitidez, transições,  composição, a expressão facial e corporal dos retratados e principalmente a escolha do local do desfoque na hora do clique. Em muitas situações o rosto do fotografado não é o principal elemento da imagem e ele próprio está em desfoque. Por que? Aí cada um pode contar sua história.

Como eu já disse ao divulgar a exposição no facebook, isso que é fotografia… nua e crua, ao vivo e a cores. Todo fotógrafo que se preze precisa ver de perto e absorver toda essa vasta quantidade de informação visual, pois não é possível descrever em palavras o que essas imagens traduzem, elas precisam ser vistas uma, duas, três vezes e digeridas com o tempo. Os grandes prints da exposição, aliás, são de extrema competência. Quando eu souber o autor farei um upgrade no post.

Eu faria uma única crítica, ao  MIS. A iluminação da sala é inadequada não só para esta como para qualquer exposição. Além disso, seguranças confusos e desinformados e um balcão de recepção cisudo, foram os problemas que eu encontrei no sábado. Não condiz com o local e nem com as lindas obras que lá estão expostas.

Juntamente com a exposição, que irá ficar até 24/06/2012 no MIS, ocorreu o lançamento do livro de 176 páginas, impresso no tamanho 29cm x 37cm. Este é o 15˚ livro dele. Vamos torcer para que venham muitos mais.

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Fotografias Antigas de São Paulo – 3

maio 6, 2012

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Terceira fotografia da série. V. post 1 para referência do assunto.

Outro conjunto histórico de grande importância, também na região da Luz, da qual tratei no post anterior.

É indiscutível a beleza da região na época. Limpo, sem carros, sem tumulto, postes, fios, semáforos… Para nós, que nunca vimos a cidade desse jeito, até parece uma pintura surreal.

Será que conseguiremos realmente revitalizar o centro histórico de São Paulo? Quem sabe se o próprio São Cristóvão der uma mãozinha…


Fotografias Antigas de São Paulo – 2

maio 5, 2012

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Segunda fotografia da série. V. post 1 para referência do assunto.

Esta é uma imagem feita também em 1902, da Estação da Luz. Hoje, um local onde se concentra importantes referências artísticas da cidade, entre elas a minha preferida – a Sala São Paulo, lar da Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo – a OSESP. A região da Luz também abriga o Jardim da Luz, a Pinacoteca de São Paulo,  o Museu da Língua Portuguesa, o Museu do Imaginário do Povo Brasileiro (antigo DOPS), o Museu de Arte Sacra de São Paulo, entre outros locais.

O mais incrível dessa região é como ela pode ser tão contrastada. Ao mesmo tempo que abriga a beleza arquitetônica e uma variedade cultural incrível, a ponto de ser um dos mais importantes cartões postais da cidade, é exatamente ali que se encontra a famosa cracolândia. Reflexo de um poder público incrivelmente relapso, que há tantas décadas deixa de tomar posições sérias e efetivas de combate à criminalidade, auxílio a dependentes e inclusão social. Ninguém viu? Ah… A sede da ROTA e a Prefeitura de São Paulo também estão na região da Luz.

Fiquemos, contudo, com essa admirável imagem de Guilherme Gaensly. Graças a ele podemos ver não só o passado, mas também o futuro de esperança da Luz.


Fotografias Antigas de São Paulo – 1

maio 4, 2012

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Encontrei na casa da minha mãe uma coleção de fotografias publicadas na Folha de São Paulo no ano de 2008. Fiquei curioso para saber como e quando essas fotos haviam sido separadas, pois eu nunca as tinha visto e fui perguntar a meu pai. Ele me contou que ela havia guardado para mim, pois sabia que eu gostaria e provavelmente esqueceu de me avisar. Infelizmente a mãma não está mais comigo fisicamente desde o ano passado. Então vou apreciar cada uma dessas fotos de um jeito especial.

Trata-se de uma série de 12 fotografias feitas por Guilherme Gaensly entre 1902 a 1927, que publicarei aqui, uma por dia e em ordem cronológica (das próprias fotos), de hoje, até o dia 16 de maio – o dia do aniversário de nascimento da minha querida mamãe, de quem, aliás, absorvi todo o gosto para a arte, inclusive a música.

Guilherme Gaensly foi um fotógrafo nascido na Suíça e erradicado no Brasil desde os seus 5 anos de idade. Começou suas atividades como fotógrafo em Salvador e posteriormente veio para São Paulo, onde teve um estúdio de retratos e trabalhou como fotógrafo oficial da The São Paulo Railway, Light and Power Company Limited – a companhia que explorava a eletricidade na época. Inclusive eu sempre me lembro da minha mãe gritando “Chama a Light!!!” quando acabava a luz em casa – mesmo que a Light já não existisse em São Paulo há décadas, já que foi vendida à Eletropaulo em 1981.

Espero que gostem das fotografias!

A primeira imagem é de 1902 da nossa Avenida Paulista. Clique na imagem para vê-la ampliada.

Obrigado mãma!!!

Avenida Paulista - 1920


Chegando aí: Blackmagic Cinema Camera

maio 2, 2012

O mercado de video/cinematografia está pedindo uma câmera realmente revolucionária, que supra as deficiências das DSLRs mas que ao mesmo tempo possibilie a mesma linguagem de imagem. A Canon poderia ter inovado novamente se quisesse, assim como quando lançou a revolucionária 5D Mark II, mas ao invés disso lançou a 5D Mark III sem grandes surpresas e sem a atenção que o mercado exigia. A Canon falhou! Manteve o raio do codec H264 e não permitiu uma forma de capturar o vídeo sem compressão, não melhorou o sistema de foco (para video) e deixou todas as grandes novidades para a C300, uma câmera de cinema espetacular, mas que exige um investimento de ao menos 20.000$ (nos EUA) para ser funcional.

Enquanto isso, a Blackmagic Design, desenvolvedora de um dos principais softwares de colorização para cinematografia, o Da Vinci Resolve – o qual pertencia à Da Vinci Systems, adquirida pela Blackmagic em 2009 – e uma série de outros equipamentos geniais, anunciou a Blackmagic Cinema Camera. Será ela a câmera definitiva nessa categoria? Vejamos!

Dentre as principais vantagens da BMCC estão: resolução de 2,5k gravando em RAW (sem compressão), no espaço de cor 4:2:2 e em 12 bits – ou com compressão apple Proress 422 em 1080p. Além disso, possui  baioneta de encaixe para lentes EF, o que nos permite usar lentes Canon e Zeiss, entre outras, uma latitude de exposição de  13 stops – contra os sofríveis 11 da Canon 5D MKIII, armazenamento de dados em HDs solid state drive (SSD) e uma série de outras pequenas coisas bacanas, que não convém relacionar, pois no final do artigo irei colocar uns links legais.

A câmera será lançada em julho e irá custar MENOS do que uma 5D MK III – cerca de U$ 3.000 (nos EUA), com o para-sol para o LCD e DETALHE, com uma cópia do Da Vinci Resolve 9.0, que avulso custaria mais de $900,00. Porém, para poder operá-la é necessário comprar possuir um HD SSD, ao menos uma lente, um tripé e as alças “opcionais” para segurá-la (v. em desvantagens).

Acabei de entrar nesta página do principal endorser e “beta-tester” John Brawley e assistir a todos os testes que ele publicou: http://vimeopro.com/johnbrawleytests/blackmagic-cinema-camera

Pelo que vi, impressionou bastante a latitude de exposição que diz-se ser de 13 stops. Me deu a impressão de que ela se comporta melhor em situações com luzes muito baixas do que com altíssimas. O rolling shutter no primeiro vídeo (da moça passando máscara no olho) é muito evidente. De toda forma, estamos falando de uma câmera na faixa de preço de uma DSLR e que tem atribuições de uma verdadeira câmera de cinema.

Não obstante essas maravilhas, a meu ver, aqui vão algumas DESVANTAGENS:

– A primeira e importante que aponto, é o tamanho do sensor, que fica entre o Super 16mm e o Micro 4/3. A profundidade de campo aumenta, dificultando trabalhar com o foco seletivo – o que geralmente se busca ao filmar com DSLR (o que para o meu caso não é exatamente uma desvantagem) – E PRINCIPALMENTE o fator de CROP que irá causar nas lentes EF é algo próximo a 2,3x, o que significa que uma lente  50mm irá se comportar como uma  115mm. Uma 17mm, irá se comportar como uma 39mm. Péssimo… Além de mudar toda a percepção do fotógrafo com relação às lentes que já está acostumado (e que são o padrão para 35mm), é o fim das grande-angulares. Filmar em espaços apertados será tarefa quase impossível com essa câmera, a não ser usando-se lentes EF-S da Canon (ou similares), que vai diminuir bem esse prejuízo, já que são próprias para sensores APS-C, aproximando o fator final a 0,7x. Isso seria quase bom, se não fosse o fato de que EU NÃO COMPRO LENTES EF-S.

– A segunda desvantagem é o efeito “rolling shutter”, que são distorções causadas pela varredura linear do sensor CMOS, de forma não simultânea. Para explicar rápida e grosseiramente, no efeito “rolling shutter” as imagens captadas pelo sensor em cada quadro não são lidas instantaneamente e sim linha após linha (horizontal), ocorrendo um atraso na varredura da imagem completa. Isso significa que em uma panorâmica, elementos com linhas verticais, como um poste, por exemplo, irão aparecer distorcidos (inclinados) ou com pequenos soquinhos. Procure por exemplos de “rolling shutter” no vimeo.com ou mesmo no youtube, para entender melhor e visualmente, o que ocorre. Esse problema é comum em câmeras nessa faixa de preço e é algo normal. Ocorre também na própria 5D Mark III – que parece ter sido melhorada, comparando-se à Mark II.

– Bateria FIXA. Aqui uma “burrada” fenomenal. Bateria não removível? Como assim Senhor Blackmagic??? Ficou maluco? A bateria interna dura 90 minutos, depois disso – ou antes disso – é necessário usar uma fonte externa (ela possui conector 12V-30V DC e vem com um adaptador 12V AC), assim como a RED ou ALEXA. Ok… Mas essa não é uma RED ou uma ALEXA. É uma câmera que tem outra pretensão, ou seja, de ser pequena, simples, portátil, “barata”, comparada às demais. DEVE ter bateria removível. Imagine-se filmando com essa câmera em um local sem uma tomada energia elétrica próxima durante mais de 90 minutos e ficando sem bateria. Vamos carregar um gerador, ou bateria de carro só pra ligar a câmera? Para produções preparadas, OK, isso é possível, mas para aquele cinegrafista independente com poucos recursos, ou em um trabalho com pouca ou nenhuma assistência de outros profissionais… Fica difícil. A explicação do fabricante, a teor do que disse John Brawley (link no final da página), foi que “isso foi feito para não aumentar o preço da câmera, pois iria ser necessário um grande investimento para adaptar o chassi de alumínio”. A minha explicação é muito mais simples. Bull Shit!

– Design. Câmera bonitinha? Quadradinha? Fofinha? Cuti-cuti? Ô Senhor Blackmagic… Como é que se segura essa coisa? Ok ela tem duas alcinhas de metal na parte superior, para se colocar uma correia. Então vamos filmar com ela pendurada no pescoço? Hummm… Assim como eu, muita gente não tem os olhos na barriga. Logo, para o que é destinada, esta câmera DEVE ter um formato adequado e anatômico que permita ser manejada SEM o auxílio de quinquilharias. Por ser “pequena” é uma câmera que naturalmente o operador vai querer muitas vezes usar na mão. Não é sempre que se quer usar tripé na cena. Shoulders são pesados e incômodos. Steadicam é feito para fins especícicos… Assim, não interessa o que os engenheiros teriam que ter feito e nem o  que se precisaria sacrificar no “design”… E qual foi a solução? Ao invés de criar uma forma no próprio corpo, ou mesmo até simples alças de tiras LATERAIS (e não em cima), lançaram como OPCIONAL (sim, isso mesmo) um “chifre” de $200 que permite a câmera ser segurada na mão (foto acima). Essa coisa feia, meu querido, deveria vir de graça. Por outro lado, penso que mexer no foco segurando a câmera assim deve ser muito ruim ou mesmo impossível. Nesse quesito, portanto, ela é ainda PIOR do que uma DSLR, pois esta tem o grip. A BMCC prescinde, sem dúvida, de um shoulder ou algo do estilo para ser operada na mão com precisão. As próprias imagens dos vídeos-testes do John Brawley mostram bem isso.

Enfim… Essas desvantagens apontadas são defeitos sérios para muitos profissionais – inclusive eu mesmo. É possível que sejam corrigidas no(s) próximo(s) modelo dessa câmera, SE ela for bem aceita e não morrer. Mais uma vez, são decisões típicas de um fabricante ganancioso, mas que ao invés de viabilizar um equipamento completo de plano, resolveu guardar as modificações como “trunfos” para um próximo modelo e assim forçar os usuários a renovar o equipamento.

Com tudo isso, acredito que o saldo seja positivo, ainda que indiretamente. No mínimo, o lançamento dessa câmera vai forçar os fabricantes de DSLR a correr atrás das deficiências da nova geração ou lançarem modelos equivalentes de filmadoras a custo acessível. Mas esta é uma câmera que pode estar chegando para se tornar uma importante referência na cinematografia digital. Tanto para produções de ficção de baixo orçamento, como para documentários, séries, curtas e até mesmo um jornalismo muito bem feito, ela poderá ser de grande utilidade, mas muito do sucesso dela dependerá das melhorias nos próximos modelos.

Por enquanto, as suas limitações são muito prejudiciais para que ela seja primeira opção de compra, considerando-se as suas grandes concorrentes de peso, mesmo com todos os fantásticos atributos que citei no início. Mas vamos aguardar ansiosamente pelo lançamento em julho para comprovar tudo o que está sendo dito por aí, inclusive o que eu mesmo escrevi. A princípio, são tudo conjecturas baseadas apenas nas informações. Com a câmera na mão tudo pode mudar.

Aqui vão alguns links.

Do fabricante: http://www.blackmagic-design.com/products/blackmagiccinemacamera/

Um comparativo dos tamanhos de sensores: http://library.creativecow.net/articles/solorio_marco/NAB_2012-BMD-Cinema-Camera/assets/sensor_sizes.jpg

Da BH Photo: http://www.bhphotovideo.com/c/product/855879-REG/Blackmagic_Design_BMD_CINECAM26KEF_Cinema_Camera.html

O Blog do John Brawley: http://johnbrawley.wordpress.com/

Abraços.

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Um Video de Família

março 13, 2012

Estou postando com alegria o vídeo que criei como presente de 03 anos para meu filho. É um vídeo “de família”, mas não por isso foi fácil de fazer. Aliás, foi um trabalho muito extenso, que contarei em detalhes mais abaixo.

Primeiramente, aqui vai o vídeo. Melhor se visto com a opção HD ativada (canto direito inferior, da janela do vídeo) e em tela cheia.

Os 3 Anos de Paulo Sérgio from Alexandre Paoli on Vimeo.

Agora vou contar um pouco de como fiz esse trabalho.

Há mais ou menos 06 meses atrás, comecei a pensar que deveria criar algo para o aniversário de 03 anos do pequeno. Como eu já havia criado um vídeo anteriormente para ele, de 01 ano , quis repetir a dose, porém com uma linguagem diferente, mais bem elaborado e saindo um pouco do padrão “retrospectiva”, mas ao mesmo tempo mantendo um pouco, já que toda história deve ter um começo.

O começo todo foi a música. Eu cantava pra ele uma canção do western americano “Ghost Riders in The Sky”, que ele adorava. Um dia eu resolvi criar uma letra em português e passei a tocar essa versão. Feito isso decidi gravar a música, o que fiz inteiramente em meu homestudio, no Logic Pro. Porém, com a correria do dia a dia, esse processo de gravação da música foi BASTANTE demorado, o que terminou exatamente no dia 06 de março, com a mixagem, que foi um processo brilhante, feito pelo meu amigo Luiz Ribeiro no seu estúdio. Mas eu já tinha pelo menos a base do que seria a música e então iniciei o processo de edição do vídeo – em  Adobe Premiere CS5.

Foram duas edições. A primeira foi a seleção do material: fotografias e vídeos feitos em 3 anos: muita coisa e em muitos formatos diferentes, desde fotos e vídeos feitos em câmera compacta e telefone celular, Mini DV, filme de Super8, GoPro, até imagens produzidas com câmeras DSLR antes e DEPOIS de o vídeo estar quase pronto, para integrar o material. Em especial as cenas do projetor e a da fita K7.

Uma boa parte de filmagem foi produzida já com a edição do vídeo em mente – e isso faz muita diferença para o contexto geral, principalmente quando se trabalha sozinho. Há uma sequência feita no sítio de meu pai, onde a cada instante no qual eu apertava o REC, escutava a música ma minha cabeça e já sabia como teria que cortar. Foi um feriado que aproveitei para fotografar bastante e quando possível eu captava as imagens em vídeo do meu filho (quando “der” também significa “quando ele deixa”).  Essa sequência foi a base que amarrou o vídeo na segunda parte (a da música que gravei). Nesse momento eu já tinha escrito o roteiro do que seria o vídeo, o que também me ajudou a ter idéias para a captação.

Não vou entrar a fundo em como foi o processo de edição, o texto ficaria muito extenso. Mas em resumo, não fiz nada em ordem cronológica. Primeiramente fiz os cortes de todos os trechos que eu gostaria de colocar e depois fui montando no projeto. A ordem foi traçada depois desse processo, de acordo com o roteiro.

Terminada a edição, ainda faltava a música, que já estava toda gravada, mas ainda não estava pronta (faltava a voz definitiva e a mixagem). Mas foi só substituir a base original, interminada, pela mixagem final, que aliás, segue aqui na íntegra:

Todo esse processo, desde a seleção de imagens e cenas em vídeo, roteiro, edição, gravação da música, mixagem e pós produção, deve ter demorado cerca de 60 a 80 horas.

Mas tudo isso para um vídeo de família??? Sim. Principalmente.

Certo dia, há uns 7 ou 8 ANOS atrás, li um post em uma lista de fotografia que me intrigou. Um fotógrafo enviou algumas de suas imagens para avaliação e depois de vários tapinhas nas costas, uma pessoa surgiu e disse “Um dia seus pais terão ido embora e você só terá fotos de paisagens bonitinhas e cartões postais.” O cara foi MUITO criticado na lista e armou-se uma discussão enorme.

OK, foi um certo exagero, mas essa resposta mais me intrigou  do que chocou e me fez refletir muito sobre a minha forma de fotografar (tanto que lembro disso até hoje). Passei a valorizar muito mais as imagens com pessoas do que paisagens, objetos, etc… – fotojornalistas e fotógrafos de rua sabem bem do que estou falando.: aquele ilustre desconhecido é um assunto fabuloso, muito mais do que a árvore cheia de flores ao lado dele. Ora, se hoje o assunto “pessoas” é muito mais interessante para mim do que “balões coloridos no céu”, imagine-se a importância que não dou para o assunto “meu filho”. É isso. Imensurável.

Ainda que eu não tenha tempo ou coragem de fazer outro vídeo igual a este, daqui muitos anos meu filho vai assistí-lo e se emocionar, com muita saudades dessa fase da vida dele e poderá compartilhá-la com muitas pessoas, que ficarão igualmente felizes de poderem vê-lo como eu vejo hoje… É, valeu a pena.

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Art is Everything!

fevereiro 10, 2012

Em setembro de 2011, a lumin8 realizou um vídeo para a marca Volvo, para o qual foram captadas imagens na Zipper Galeria, além de externas com o automóvel (XC 60) e a divertida entrevista com Fabio Cimino (o criador da galeria), tudo na cidade de São Paulo.

Ocorre que a Zipper Galeria me sensibilizou muito, assim que lá entrei pela primeira vez. É um daqueles lugares que se nota terem sido criados com paixão, com todos os elementos calculados de uma forma quase que científica e de uma beleza simples e singular, com cada obra em seu canto ideal.

Ao me deparar com tanta coisa interessante eu já sabia exatamente o que eu queria para aquele vídeo. Contudo, o que “eu” – o fotógrafo – queria, não tinha nada a ver com o briefing. Assim, mantivemos o que já estava planejado com a equipe de marketing da Volvo e finalizamos o vídeo da maneira esperada, que era o certo a fazer num trabalho dessa natureza.

Eu passei alguns dias com essa coisa me martelando as idéias, até que decidi realizar independentemente um novo vídeo, usando apenas as imagens que eu fiz, que mais gostei e mais me sensibilizaram. As obras de arte da galeria, que são a linha principal do vídeo, hipnotizam, emocionam, sugerem ações. São incríveis! Elas devem ser tratadas com a imponência que sugerem.

Ok. Decisão tomada, passei a editar o material que eu já tinha, com a visão de artista para artista, fora do “mainstream comercial” e trabalhei durante as sobras de tempo do mundo cão, sem qualquer pressa, sem amarras, como todo trabalho artístico deveria poder ser feito.

Além do material que eu já tinha, selecionei algumas outras imagens para integrar esse projeto, muitas das quais foram feitas posteriormente, pensando exatamente nele.

Rachmaninoff (ou Rachmaninov) é um caso à parte. Sua música me veio à mente no momento em que comecei a refletir sobre tudo o que eu tinha visto durante aquele incrível dia e foi ele quem me inspirou a realizar este pequeno filme. E isso tem toda importância no mundo. O  primeiro movimento (moderato) do Concerto #2 para piano em Cm (opus 18) – não está ali por acaso, como mera “trilha sonora”. Trata-se de um elemento tão importante quanto o vídeo em si. Ou seja, o vídeo é, também e principalmente, sobre Rachmaninoff.

E finalmente, sobre a Volvo…  Entre tantos outros atributos que muitas marcas de vanguarda também proporcionam, um automóvel Volvo – e em especial o XC60, utilizado nos vídeos (neste último e também no original) – tem aquilo que se encontra quando se vê uma grande obra: perfeição nos detalhes, sensibilidade e um design imbatível. Mesmo assim, fiquei em dúvida se caberia o carro nessa releitura, já que a intenção era fugir da conotação comercial, mas senti que deveria manter e deixei. Agora, assistindo ao trabalho pronto, vejo que as imagens do XC 60, tais quais selecionei e coloquei, não somente agregaram muito a esse projeto como se mostraram um elemento chave, igualmente aos demais. E, afinal de contas, esse automóvel foi o ponto de partida de tudo. Sem ele, não haveria o vídeo anterior e eu não teria feito nada.

E enfim o trabalho está concluído, dessa vez, exatamente como eu gostaria de ter feito.

A arte está em tudo. Basta que libertemos nossos sentidos das amarras duras da rotina e estaremos diariamente rodeados de obras grandiosas, assim como quando éramos crianças.

Alexandre Paoli.


Sa e Fre em Paraty

julho 25, 2011

Sa e Fre em Paraty – Direção de Fotografia. Esse vídeo foi realizado na cidade histórica de Paraty – RJ, um dos lugares mais bonitos do litoral do Rio.

Na verdade, quem conhece bem Paraty sabe que (alfinetando os cariocas), apesar de estar no estado do RJ, ela é uma cidade muito mais paulista do que carioca. Este foi um projeto realizado pela Lunapix e produzido pela Lumin8. Para esse trabalho, utilizei algumas coisas bem legais para compor a luz nas cenas do vídeo. Um jogo de fresnéis da ARRI, Butterflies, lâmpadas Kino, velas, luz de piscina e uma grande bola de gases incandecentes suspensa no espaço (o sol :D). Iluminar é um jogo de estratégia e acho que nessa eu fui bem feliz.

Apenas para concluir, tudo não ficaria tão lindo e harmônico dessa forma, se o casal não fosse tão legal! Esses meus queridos, casam-se em 26 de novembro, em Piracicaba.

Assistam em tela cheia e HD, por favor!!! Demora mais (só um pouquinho), mas a qualidade de imagem é excepcional.

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Sa e Fre from Lunapix on Vimeo.


Concurso Volvo C30 de Arte Digital

julho 25, 2011

Um dia filmando por locais muito legais em São Paulo. Começando na sede da revista Zupi, passando pelo restaurante Chakras, a loja Scandinavia Design e finalizando com estilo no Terraço Italia. Com isso, fizemos a alegria da “Alê”, que ganhou o dia e também uma espetacular Cintiq. Para esse vídeo, fiz roteiro, direção de fotografia e operei uma das câmeras. Zupi TV aprontando das suas!

Um breve update… Esse vídeo teve mais de 1.200 acessos em pouco menos de duas semanas. Incrível! 🙂

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A Maior Bateria do Mundo

abril 25, 2011

Pra quem gosta muito de samba, ou fotografia, ou os dois, o vídeo é imperdível. Sem falsa modéstia, fiquei muito satisfeito com o resultado, mas o principal é que se trata de um registro histórico (a maior bateria de escola de samba do mundo – a página do vídeo explica o conteúdo).

Quem fotografa ou já fotografou em meio a multidões, sabe de todas as dificuldades técnicas de se produzir um trabalho desses. Mas posso dizer com toda certeza que, mesmo assim, este trabalho em específico, foi um dos mais divertidos que já fiz. Inclusive, fui muito bem aceito entre todos, tive meu espaço respeitado, as pessoas foram gentis, cordiais, estavam totalmente abertas a serem fotografadas e não houve momentos de tensão. O extremo oposto, por exemplo, do que houve na última edição da SP Fashion Week, onde até houve roubo de equipamento de um colega, dentro da sala de imprensa.

A Praça da República foi palco para 1038 pessoas boas de cabeça e sem problemas no pé e de um que, no meio de todos, fazia ritmo com cliques.

Assistir de preferência em HD e em tela cheia (clique no quadrado ao lado do “HD” no vídeo) para aproveitar todo o visual. Enjoy!

A Maior Bateria do Mundo from Lumin8 Brasil on Vimeo.

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Iron Maiden Lifestyle

março 31, 2011

Slideshow criado no Flickr. Clique no botão do canto inferior direito para assistir em tela cheia, com boa resolução.

“Uma visão sobre os fãs que estiveram no show do Iron Maiden em 26/03/2011 – São Paulo. “Ser fã do Iron Maiden, não é apenas gostar de uma banda. É um estilo de vida” – ouvi de um dos malucos que lá estavam.

Escuto Iron há exatos 25 anos (comecei a ouvir com 11), tenho todos os CDs, alguns discos, algumas camisetas e sei boa parte de letras de cor. Isso me habilita para contar em poucas fotos essa história e ser, não tanto, mas um pouco maluco.

Para fazer essas fotos, usei apenas uma compacta Canon G9, sem tripé e zero de photoshop.”

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Procura-se um Fotógrafo

março 14, 2011

Demorei quase dez anos estudando, experimentando e me preparando, para ter coragem de dizer publicamente que sou fotógrafo. Surge um figura que trabalha com tudo, menos fotografia, compra sua primeira câmera “cânoum reflésquis que filma”, me pede algumas dicas. Alguns meses depois está lá o título “fulano de tal, blablabla videomaker e fotógrafo profissioná”. Fácil não? É só comprar uma câmera XPTO, uma lente XYZ e o futuro está garantido, “porque a gente vê no LCD a foto, e se ficou ruim faz de novo”.

Fotógrafo profissional, trabalha com fotografia profissionalmente, ou seja, faz dela seu sustento. Existem amadores, artistas ou pessoas que usam a câmera fotográfica muito mas MUITO melhor do que muitos profissionais e nem por isso se dizem fotógrafos. Basta acompanhar os concursos internacionais de fotografia e ver o resultado da categoria de amadores.

Mas encarar o mercado como profissional da fotografia, assim como encarar qualquer outro meio de ganhar a vida, exige qualificação técnica e muita experiência. Senão, necessariamente, duas partes serão prejudicadas: o cliente, obviamente, e o próprio “fotógrafo” que vai colocar seu nome na lata do lixo. Digo mais, hoje tudo o que se faz é eterno. Um erro feio facilmente vai parar na internet e acabou-se o anonimato (do pior jeito possível).

Fotografar bem é o MÍNIMO que um profissional deve fazer, pois não é uma imagem que se faz para si mesmo que está em jogo, é todo um trabalho para alguém que está pagando e que irá interferir na vida de muitas outras pessoas – o próprio cliente, assistentes, produtor, agência, etc…

Um exemplo simples, clássico e NADA incomum. O fotógrafo de casamento que perde os principais momentos do evento (troca de alianças, beijo, bouquet, benção, etc), esquece de configurar a câmera e fotografa tudo na resolução mais baixa da câmera, perde (ou esquece de colocar) o cartão de memória e não teve um assistente para fazer backup na hora. O casamento já foi, e agora? Para os noivos, saudades do evento que não verão mais. Para o fotógrafo, processo e maldição eterna pública. Um profissional competente e treinado dificilmente cometeria esses erros.

O que fazer? O óbvio. Estudar, estudar, estudar, praticar, praticar, praticar e só dizer que faz aquilo que realmente sabe fazer muito bem.

Muitos fotógrafos consagrados nunca trabalharam em estúdio e nunca gostaram sequer de usar flashes e não têm (ou tinham) vergonha nenhuma de dizer isso. Mas aquele que se propõe a fazer um ensaio de moda, *para o mercado de hoje*, deve saber tudo e mais um pouco sobre iluminação artificial. Assim como aquele que não entende absolutamente nada de cavalos, não deve se arriscar em fazer fotos de animais para criatório, um erro bobo, muito pequeno, estragaria a imagem de um cavalo de milhares de dólares.

Essa é minha dica, que é mesma de quase todos os bons fotógrafos do mercado: compre a câmera e as lentes que quiser, faça todos os cursos que puder, seja assistente, faça trabalhos para amigos sem cobrar e erre bastante nessa fase. Depois, se achar que está realmente preparado, se lance no mercado como fotógrafo.

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